Feeds:
Artigos
Comentários

Posts Tagged ‘irmã e mãe de caridade’

Entre as vocações para as quais muitos cristãos são chamados destaca-se a  Vocação Religiosa, ancorada pela Vocação à vida. Mas em que consiste a vivência dessa vocação, desse chamado?

Bem, a mensagem de Jesus Cristo toca todos os corações. Mas no decorrer da História da Igreja, algumas pessoas se destacaram na vivência do Evangelho de uma certa forma, que atraiu seguidores para e pela sua causa. Surgem os Franciscanos, inspirados pelo exemplo da vivência evangélica de Francisco de Assis; os Beneditinos, inspirados por São Bento; os Dominicanos inspirados em São Domingos de Gusmão; os Jesuítas, inspirados por Santo Inácio de Loyola; as Filhas da Caridade, de São Vicente de Paulo; as Clarissas inspiradas por Santa Clara de Assis, etc.

Esses vocacionados, essas vocacionadas, vivem em comunidade em um ambiente denominado de convento. Fazem os votos de Pobreza, não possuindo nada para si ou em seu nome, Castidade, abstendo-se da vocação matrimonial, e, Obediência, as regras de sua ordem ou congregação (denominada de Constituição) bem como a seus superiores gerais,  provinciais e comunitários.

A nova concepção de família hoje, apesar de estranha, abre um espaço mais vantajoso para entendermos a função materna dessas religiosas embora não tenham abraçado o matrimônio. Pois da mesma forma que a mãe de criação  dá um sentido ao seu filho de criação, a presença da Religiosa na Igreja e na Sociedade como um todo, na qual, inspirados no Evangelho, prestam árduo serviço, não deixa de ser uma presença feminina e maternal. Pensemos, por exemplo, no lugar que ocupa a religiosa ( a freira) na vida das crianças que moram em orfanatos que são administrados por comunidades religiosas. Certamente é uma atitude materna, visto que o sentido maternal, vai muito além das relações sanguíneas. Lembremos, por exemplo, de Madre Tereza de Calcutá que fundou a congregação das Missionárias da Caridade para cuidar dos pobres e excluídos da sociedade. Sua atuação foi extremamente materna, pois dedicou toda sua vida aos pobres, como uma mãe se dedica a seus filhos.

Sendo assim, ao comemorarmos os Dia das Mães, não esqueçamos dessas mães que, embora não tenham gerado filhos, se dedicam a cuidar dos filhos das outras. Ou seja, estendamos a nossa compreensão do sentido da maternidade. Uma vez que a resposta que temos sempre que indagamos sobre o amor de uma mãe de criação é a de que: “eu o cuido como se fosse meu”. Assim fazem as religiosas: embora não tenham gerado filhos em seu ventre, cuidam dos demais como se fossem seus filhos. Amparados também, é claro, na compreensão da maternidade divina de Maria. Sem reduzir, portanto, a possibilidade de realização da mulher no simples ato de conceber uma vida em seu ventre.

Dia das Mães, parabéns a elas! Mas parabéns também a todas as irmãs, religiosas, freiras, que cuidam dos menos favorecidos da sociedade, e de todos os que a elas se dirigem para sentir e usufruir da presença feminina e de um colo maternal.

Parabéns Mães, parabéns Irmãs!

(Essa reflexão pode ser estendida também a compreensão da paternidade religiosa)

Read Full Post »