Como prometido no texto anterior, segue o planejamento das reflexões durante o ano sobre as religiões de um modo geral. Respeitando a história em sua cronologia, começaremos com o Hinduismo, depois trataremos do Budismo, do Judaísmo, do Cristianismo e terminamos com o Islamismo.
Aproveitando o momento em que a Rede Globo lança a novela de Glória Perez “Caminho das Índias”, vamos conhecer um pouco do Hinduismo e como ele pode ajudar no exercício da administração através de sua prática cotidiana. Também porque em termos cronológicos trata-se de uma das primeiras religiões surgida na história da humanidade.
Lembremos, antes de tudo, que se trata de uma religião milenar (que existe a mais de 1500 anos antes de Cristo) e por isso torna-se difícil trata-la de modo integral. Fixaremos nossa atenção aquilo que nos convém como gestores. Sem esquecer do nosso objetivo geral que é conhecer a prática religiosa daquele que acredita para utilizá-la como uma das fontes motivadoras para o exercício profissional.
Como pensa um indiano seguidor do Hinduismo?
A novela dá algumas pistas para suscitar a curiosidade do telespectador sobre o fascinante oriente, mas segue algumas concepções que de deve ter em mente ao ter um funcionário indiano adepto do Hinduismo.
A concepção de vida, do sentido que se dá a mesma, é cíclico, em outras palavras, a história se repete num ciclo eterno e o mundo dura de eternidade em eternidade. O sagrado está presente em tudo e se manifesta em diversas divindades ou como uma força que permeia tudo e a todos.
Conhecimento e iluminação são os caminhos através dos quais o homem pode chegar a unir-se com o divino. E a salvação consiste em se libertar do eterno ciclo da reencarnação da alma e do curso da ação. Pois a graça se apresenta por meio do sacrifício ou do conhecimento místico.
A introspecção faz parte da vida, visto que a meditação se faz presente na vida daqueles que abraçam o Hinduismo. Isso significa dizer que a vida para o hindu tem um sentido diferente daquele dado por um cristão, um judeu ou um islâmico. Portanto as atitudes serão motivadas pela sua crença de que elas o ajudarão no atingimento de pontos mais altos de purificação, de iluminação, comprometendo as próximas reencarnações.
É bom deixar claro, no entanto, que em todas as religiões você terá aqueles que são radicais no cumprimento das leis e regras, os medianos e os mais liberais. Mas via de regra esses pontos fazem pare da cultura religiosa hindu.
Nas próximas semanas abordaremos mais sobre o hinduísmo, sobre suas crenças, seus hábitos, as castas, os animais sagrados e os deuses.
Um grande abraço e, ao assistir a novela, procure peneirar as informações que são passadas, pois todo ponto de vista é a vista de um ponto. Uma sugestão para leitura é a obra de Jostein Gaarder (e outros): “O livro das religiões” da editora Companhia de Bolso.
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